Inicialmente,
antes de relatar o caso vivenciado, gostaria de fazer duas breves
considerações:
Primeiro,
agradecer minha colega e sócia de escritório na qual tenho a honra de dividir
todos os dias novas experiência profissionais.
Segundo,
agradecer pelo convite de fazer parte deste blog.
Pois
bem, apesar de poucas experiências na árdua carreira de advogado, posso dizer
que já vivenciei algumas tantas engraçadas, outras tantas tristes e outras
tantas de encher os olhos de lágrimas. Resolvi começar por esta última.
O
caso versa sobre direito de família, onde o conflito gira em torno da guarda
das crianças.
Distribuímos
o processo e aguardamos o despacho da liminar. Através do site do TJ/RS
soubemos que o juiz havia despachado. Assim, marquei com o cliente de irmos até
o fórum para tomarmos conhecimento do despacho. Chegando ao fórum lá estava o
pai e seus dois filhos (como sempre, alegres) Pedi vistas do processo e dei uma
breve lida no despacho. Tudo ocorreu como o esperado, o juiz deferiu a guarda
provisória e limitou as vistas da mãe. Devolvi o processo e fui dar a notícia
ao Pai e orienta-lo como proceder dali em diante. Comecei a explicar o que
havia acontecido e fui interrompido pelo menino: - Tio, quer dizer que vamos
ficar com nosso Pai? Não vamos mais precisar ir à casa da nossa mãe? Eu,
surpreso, respondi: Sim, por enquanto vocês vão permanecer com o pai de vocês e
a mamãe vem visitar vocês em casa. Aí veio o inesperado, as duas crianças se
olharam, se ABRAÇARAM e gritaram: Ebaaaa, vamos ficar com o pai!! Meus colegas,
confesso pra vocês que tive que me conter, no saguão havia uma funcionária do
fórum, percebi que ela, assim como eu, também se comoveu com a cena. Sem sombras
de dúvidas, aquela cena ficou e vai ficar marcada na minha memória e, tenham
certeza que ver aquelas crianças se abraçando, NÃO TEM PREÇO.
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